“Luís Sepúlveda é um contador maior" (Lídia Jorge)
A escritora Lídia Jorge, recordou o primeiro contacto que teve com a
obra de Luís Sepúlveda, em Bruxelas, em 1991, por intermédio da editora Anne
Marie Métailié.
Para Lídia Jorge, o que torna a escrita de Sepúlveda “tão
singular e atraente” tem a ver com o “testemunho de uma experiência de vida
vivida no fio da navalha que lhe deu a dimensão dos movimentos subterrâneos que
determinam a mudança do mundo, e por isso o seu olhar é político.
E uma ternura
absoluta pelos seres da Terra que lhe permite uma efabulação fantástica em que
pássaros, cães, baleias, confraternizam com os seres humanos no mesmo reino da
Criação. Por isso as páginas de Luís Sepúlveda, escritas para auditórios de
todas as idades, estão repletas de fábulas ora violentas ora mansas, mas sempre
tocadas por uma singular arte de contar”.
“Luis Sepúlveda é um contador maior”,
considerou ainda a escritora, acrescentando que “os seus livros são joías
preciosas, marcados pela terra sul-americana que lhe deu origem, pela língua
espanhola que lhe deu a plasticidade vigorosa da narrativa, e sobretudo pelo
cunho de criador incomum, que lhe permite ser traduzido e amado em todas as
línguas”.
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